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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

IUUPII!!! É NATAL! IT'S CHRISTMESS!



Natal 1997
IUUUPIIII!!! O tempo de Natal chegou de novo e com ele a mais divertida das confusões!!! Digo isso porque eu sei que esse tempo começa com a Mamãe fazendo a maior bagunça para armar a Árvorezinha da Vida na nossa sala. É uma árvorezinha que não é de verdade e eu não posso fazer pipi nela, pois a Mamãe a coloca em cima de algum lugar alto, que eu não alcanço, apesar de todo o meu esforço para isso. 


Mamãe conta que ela comprou a árvorezinha para o Natal de 1997 e colocou nela toda a esperança de tempos melhores, pedindo para ela apenas FELICIDADE. Mas, em vez da felicidade esperada o que veio foi um perfeito tempo de tribulações, que quase levou a Mamãe para ir morar lá no Céu!!!! Mas, aí eu cheguei na vida da Mamãe no ano passado e com meus super poderes de alegria mudei a vida dela.


Feliz Natal, People!!! 2010


 Então, no início da temporada do Natal do ano passado, a Árvorizinha da Vida que a Mamãe montava lá no hall de entrada do prédio, já há seis anos, para alegrar todos os vizinhos, foi desprezada. Pois os novos moradores mais ricos queriam uma árvore de Natal mais bonita, que a árvorezinha dela. Mamãe ficou com muita pena da Árvorezinha da Vida, pois ela tinha cumprido brilhantemente a função dela de dar ao prédio e a todos moradores proteção e prosperidade com sua magia milagrosa, e vê-la desprezada depois do progresso ter se instalado simplesmente era injusto demais. Assim, Mamãe montou com todo amor a Árvorezinha da Vida na nossa sala para nos proteger e nos dar prosperidade aqui no nosso “Pedacinho do Céu.”  E eu adorei, pois parecia até que era por minha causa que Mamãe trouxera a árvorezinha!!! Para eu ter onde fazer pipi, lógico!!! Mas, logo soube que não era...

O ano passado foi o primeiro Natal da minha vida, e fiz tanta bagunça e brinquei tanto que virei um verdadeiro festeiro. Ah! Eu amo uma festa!!! Bagunça é comigo mesmo! Pois bem, quando ví Mamãe este ano começando a bagunça dela para montar a Árvorezinha de Natal de novo eu fiquei no maior contentamento correndo, saltando e latindo por todos os lados. Então, Mamãe foi enfeitando a árvorezinha cheia de carinho com ela e quando ela ficou pronta, toda bonitinha e formosa, Mamãe ascendeu as velinhas e nós rezamos para ela, agradecendo  ao Papai do Céu por ter permitido que a Árvorezinha da Vida tivesse trazido nesse ano para nós o maior presente que poderiamos ter desejado: a felicidade!!! Sim, porque quando Mamãe montara a árvorezinha para aquele Natal de 1997, for a apenas isso que ela pedira: FELICIDADE! Pode ter demorado, mas no 13º ano o presente que Mamãe tanto desejara de Natal, não só chegara mas com uma profusão totalmente milagrosa. E, eu acho que eu contribui muito para que Mamãe alcançasse a felicidade que ela tanto desejava, pois enchi os dias dela de diversão e da mais pura alegria, fazendo ela esquecer todas as tristezas do passado.

A nossa Árvorezinha da Vida 2011
Quando nós terminamos de agradecer ao Papai no Céu, Mamãe estava com os olhos cheios de lágrimas de feliz emoção e certa que a Árvorezinha da Vida a ajudaria a conservar o tesouro da felicidade que recebera. Aí nós ficamos tirando fotografias e nos divertindo. Eu não sei se gosto mais de fazer pose para tirar fotos ou fotografar, mas no meu entusiasmo acabei derrubando a mesinha com os vasos de plantinhas da Mamãe no chão, fazendo uma confusão danada, de sorte que não derrubei a Árvorezinha da Vida!!! Mamãe ia ter um chilique e eu ia acabar levando palmadas. HauHau! 

O pedido de Felicidade 


Depois desse dia saimos para comprar presentes de Natal, um dia fomos comprar presentes para um menininha orfã, para o orfanato que meu irmãozão ajuda. E foi uma farra, enquanto a Mamãe escolhia os presentes na loja de roupas de crianças eu fiquei pulando loucamente na sacola dando meus palpites nas roupinhas que ela estava escolhendo, quando eu achava bonita eu pulava loucamente, quando não gostava ficava quietinho.

O que eu gostei mesmo foi a bolsinha que Mamãe comprou com um coelhinho peludinho dentro, para a menininha carregar como a Mamãe me carrega. Vocês vão ver, carregar bichinho de estimação na bolsa ainda vai virar moda!!! Hau!Hau!Hau!!! Eu sou muito fashion mesmo!!! Bom, em outro saímos para comprar outros presentes e foi aquela pulação na sacola! O resultado é  que a pobre da Mamãe acabou com uma bruta dor no pescoço e passei dias sem poder andar sacola. Sniff! Sniff! Mas, dei umas boas caminhadas sem ficar puxando a guia de um lado para outro feito maluco para não piorar a dor da Mamãe, afinal sei quando devo me comportar.


No dia que nós tiramos as fotos da árvorezinha, Mamãe tirou duas fotos que quero mostrar para vocês:

Euzinho!!!! Na Cadeira dos Sonhos da Mamãe!!


Euzinho!!! Com minha Amigona BUBU!!!

Assim como nós, Sampinha também está toda enfeitada para comemorarar o Natal, e Mamãe e eu selecionamos algumas fotinhos para vocês verem como ficou bonita a cidade, que vocês poderão ver a seguir:

Árvore da Ponte sobre o Rio Pinheiros

Árvore da Cidade - Parque Ibirapuera



A Turminha do Natal na Av. Paulista

Sampinha Iluminada - Teatro Municipal e Vale do Anhangabaú

Humm! Eu adoro queijo!!! Mas não sou rato não!!
Nos próximos dias eu vou começar a me preparar para os festejos, em ritmo de concentração, pois preciso de todas minhas forças para fazer uma confusão bem bagunceira para comemorar o Natal e a chegada do novo ano de 2012. Assim, espero que todos vocês também tenham seus desejos atendidos neste Natal, mas se não forem atendidos de imediato, não fiquem tristes, nem percam as esperanças, sejam como a Mamãe, saibam esperar, pois como ela sempre diz: “QUEM ESPERA COM PACIÊNCIA E FÉ, SEMPRE ALCANÇA SEUS SONHOS”. Apesar que eu não sou lá muito bom nesse assunto de esperar, pois tenho verdadeiros ataques de ansiedade quando quero uma coisa e não sei ainda esperar lá muito bem, mas a Mamãe está me ensinando, quem sabe ainda um dia eu aprenda. Não sei não!!! Nem vou pedir isso para a Árvorezinha, pois vai que leve 13 anos para ela me atender!!! Já terei virado anjinho no Paraíso dos bichinhos!!! Hau!!! Hau!!!  FELIZ NATAL PESSOAL! E um MERRY CHRISTMESS PARA VOCÊS!

Nós desejamos a todos um Feliz Natal e que em 2012 a FELICIDADE seja uma realidade de todos os dias em suas vidas, um sonho realizado!

Acreditem e tenham FÉ!

A Felicidade é possível!
Freeway, Bubu e Bia

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

BEM VINDOS À MINHA SAMPINHA! WELCOME TO MY SAMPINHA!

Pois é, a minha irmãzinha deu para mim uma linda máquina fotográfica digital, mas eu ainda estou aprendendo a mexer nela junto com a Mamãe. Já tiramos alguma fotos, mas ainda não sabemos editar no computador. Então, enquanto nós aprendemos a fazer a edição, eu resolvi escrever um pouquinho sobre esse meu pedacinho da cidade de São Paulo, a que chamo de Sampinha, diminutivo de Sampa, o apelido carinhoso que o cantor baiano Caetano Veloso deu à cidade de São Paulo quando chegou por aqui.

Minha Sampinha, contou-me Mamãe, nasceu há uma eternidade de quatrocentos e tantos anos passados e tinha terras verdejantes embevecedoras, banhadas pelos rios Pinheiros, Tiête, Anhangabaú e Tamanduatei, eram os campos de Piratininga, segundo o cacique Tibiriçá, chefe dos índios guainases. Os rios na época das chuvas enchiam e quando vazavam deixavam nas margens peixes (pirá em tupi), que morriam nas margens secos (tininga em tupi) pelo sol, em razão disso o nome campos de Piratininga. 


Então, um dia há muito tempo, uma gente esquisita e muito diferente dos índios chegou nos campos de Piratiniga. Gente que vinha lá do outro lados das grandes águas e resolveram ficar morando com os índios. E foi um tal de construir cabanas e depois construir casas até que surgiu uma vila,  a vila de São Paulo.  E essa gente nova foi construindo e construindo, pois sempre chegava mais gente para morar nos vales verdejantes. E a vila cresceu e tornou-se uma cidade, e seu povo era muito corajoso e bravo, e fizeram um brasão com um braço empunhado e forte e colocaram os dizeres em latim "Non ducor, duco," que quer dizer "Não sou conduzido, conduzo." Sem dúvida, tem tudo a ver com o meu nome, pois vou sempre pelo meu fucinho e não gosto que nada fique no meu caminho. Meu caminho é livre,  desimpedido e vou para onde quero.



Pois bem, então minha Sampinha cresceu e cresceu, sempre com mais gente chegando para viver aqui e ficou tão grande que os campos verdejantes desapareceram, levando com eles o rio Anhangabaú, que era aqui pertinho de onde eu moro. E como eu moro aqui, onde a cidade nasceu é que eu chamo de Sampinha, este pedacinho da cidade de São Paulo. Aqui cada cantinho conta uma história, histórias que ainda vou contar para vocês, quando Mamãe contá-las para mim.

Ontem, eu e Mamãe ficamos procurando vídeos no YouTube para mostrar um pouco da minha Sampinha para os visitantes do meu blog que não conhecem a cidade de São Paulo, eles também moram lá do outro lado das grandes águas, só espero que eles não queiram vir morar aqui também!!! Pois, se eles vierem não vai sobrar uma árvorezinha sequer para eu cheirar!!!! E o Piu-Piu, meu amigo passarinho, vai ficaria desconsolado sem seu ninho lá na árvore dele!!!!



Então, tudo bem, meus amigos aí do outro lado das grandes águas,  nós estamos combinados, vocês podem vir nos visitar, mas não fiquem por aqui não, já tem gente demais!!! O Brasil é grande e tem bastante lugar para morar, minha Sampinha precisa de cuidados, já está velhinha e merece só amor e carinho. Mamãe fica tristíssima quando vê Sampinha com as ruas sujas, prédios pixados, jardins mal tratados, como se ninguém amasse mais Sampinha como ela era amada antigamente. Eu digo para Mamãe que eu amo Sampinha muito, tanto que quando eu saio para passear não faço nenhuma sujeirinha nas calçadas, aguento firme até chegar em casa, aí eu vou no meu banheirinho... e Ufa! Faço meu pipi e outras coisinhas.

Assim sejam todos BEM VINDOS À SAMPINHA! No vídeo abaixo tem muitas imagens da minha SAMPINHA, do meu lar aqui nessa imensa megalópole, espero que gostem!!!! AUAUAU!!!!!



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

MIA & EU NO PARIBAR



Alô, galera! Hoje eu começo na minha nova profissão de REPORTER! AUAUAUAU!!!! Agora até tenho o meu próprio cartão profissional para me apresentar, não é o máximo?

Minha primeira reportagem será sobre a minha amiguinha MIA, a dona do PARIBAR. A Mia é a garotinha mais linda que eu já ví, e eu sou inteiramente apaixonado por ela. Mia acabou de chegar ao mundo e só tem alguns meses de idade, mas já é muito esperta e é a própria alegria. Ela adora puxar os meus pelos e eu nem ligo, pois brincar com ela é sempre uma diversão para mim.





Foi lá no PARIBAR que a Mamãe tomando um café escreveu "O CORAÇÃO DA CIDADE," por esse motivo também é que Mamãe e eu escolhemos o PARIBAR como minha primeira reportagem.

O PARIBAR (Pastificio Ristorate Bar) fica alí na Praça dom José Gaspar, 42. Bem atrás da Biblioteca Mario de Andrade. Aos sábados a praça é muito divertida, cheia de gente animada que vai comer feijoada e ouvir musica, as mesas tomam as calçadas e há um clima de festa em meio as altas árvores. Nos dias de sol e quentes nós gostamos muito de ir lá, mamãe diz que a faz recordar dos bistros parisienses e das cafeterias de Buenos Aires e Roma com suas mesas ao ar livre, algo que difícil de encontrar aqui no centro de São Paulo, mas que vem ganhando espaço nos Jardins, no Itaim-Bibi e lá na Vila Madalena. Mas, o bonito no Paribar é que está na praça com suas árvores e canteiros, o que faz toda diferença, principalmente para mim que gosto de um cheirinho de terra.

A feijoada do PARIBAR, segundo a mamãe, meu irmãozão e minha irmãzinha, é uma delícia, mas eu nunca provei, o que eu gosto mesmo são dos pastéis de carne, eu lambo os meus bigodes só de pensar neles! Hummm! Que gostoso!

Assim, quando eu vou lá no PARIBAR aos sábados eu me encontro com a Mia, ela fica no carrinho de bebê dela ao lado dos pais, Aline e Luiz, enquanto eles almoçam, da mesma maneira que eu fico na minha sacola quietinho, esperando mamãe almoçar. Mas, antes e depois do almoço sempre brincamos um pouquinho juntos.


Há sete anos o pai da Mia é dono no PARIBAR e fez de lá um ponto elegante do Centro, durante a semana o local lota na hora do almoço com os homens em seus ternos e gravatas e de mulheres bonitas bem arrumadas que trabalham nas proximidades, já no sábado pode-se ver homens com chapéus panamás fumando seus charutos, senhoras ao melhor estilo São Paulo antigo, casais de namorados transados, juventude estilosa, famílias alegres, crianças felizes e, lógico, muitos cachorrinhos como eu na maior farra.

Sem dúvida, o PARIBAR é um dos best points do CORAÇÃO DA CIDADE, e não se pode visitar o centro de Sampa (apelido carinhoso da cidade de São Paulo) sem dar uma passadinha por lá, seja para tomar um cafezinho ou provar das delícias de sua cozinha italiana-paulistana e suas sobremesas que fazem sonhar, como a cestinha de chocolate com sorvete e calda de maracujá, tudo isso e muito mais a um preço honesto e um serviço atencioso. 

Vá lá fazer uma visitinha, quem sabe não nos encontraremos por lá! 








 PARIBAR
 (Pastificio Ristorante Bar)

Praça dom José Gaspar, 42
República
São Paulo - S.P. - Brasil
Tel. (55) (11) 3237-0771










(As reportagens do Freeway são um serviço gratuito e sem remuneração de qualquer espécie, que visa a colaborar com a promoção da renovação e restauração do Centro da cidade de São Paulo e divulgar o modo de vida das pessoas que vivem no CORAÇÃO DA CIDADE DE SAMPA. Desejando participar desse movimento entre em contato conosco, dando dicas e decobertas de locais para serem visitados pela equipe de reportagem, via blog ou e-mail).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O CORAÇÃO DA CIDADE

Nessa semana eu vou começar a realizar o meu sonho: eu vou ser REPORTER! Eu estou animadíssimo!
Eu estou dando milhões de AUAUs de felicidade.

Como o a barra de tradução está funcionando maravilhosamente bem e eu tenho recebido visitantes de outros países, que falam outras línguas humanas, vou passar a escrever só em português, assim diminuo o meu trabalho, já que agora eu vou ter que trabalhar em campo, fazendo entrevistas e tirando fotografias.

Para introduzir vocês ao CORAÇÃO DA CIDADE de São Paulo, Mamãe deixou eu usar um texto dela de um panfleto que ela fez em 2006 e espalhou pelo Centro. Mamãe me disse que fez isso porque ela estava tomada do espírito do poeta português Fernando Pessoa, que escreveu: 

"Da mais alta janela da minha casa     
Com um lenço branco digo adeus
(FOG - by Greg Jensen, 2005)
Aos meus versos que partem para a humanidade.

E não estou alegre nem triste.
Esse é o destino dos versos.
Escrevi-os e devo mostrá-los a todos
Porque não posso fazer ao contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvora esconder que dá fruto.

Ei-los que vão já longe como que na diligência
E eu nem sequer sinto pena
Como uma dor no corpo.

Quem sabe quem os lerá?
Quem sabe a que mãos irão?
Flor colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as boeas.
Rio, o destino da minha água não era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.

Idê, idê de mim!
Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura para sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.

Passo e fico, como o Universo."

(do heterônimo Alberto Caieiro)


Mamãe disse para mim que toda pessoa que escreve, seja o que for, tem que ter esse espírito de desapego da sua obra, do qual o poeta fala. Eu não sei bem como eu vou fazer isso, pois eu sou muito apegado a tudo que é meu, minhas sacolas, meus ossinhos, meus brinquedos e principalmente a minha Mamãe da qual eu não desgrudo nem um segundo. Mas, talvez eu aprenda a não querer que a Mamãe só cuide do meu blog. Até que essa semana eu fui bonzinho, e só lembrei algumas vezes todos os dias que o meu blog estava parado. Mamãe disse para eu esperar, e eu fiquei vendo ela fazer os outros blogs.

Pois bem, então aí vai o panfleto da Mamãe e essa semana ainda ela me prometeu que a minha primeira reportagem vai ser publicada. Então, fica aqui o meu AUAU carinhoso para todos vocês que me visitam e aguadem o FREEWAY REPORTER!!!!!!!!


O coração da cidade
                                 Bia Botana

Nestes dias outonais quando as tardes possuem brilho róseo, caminho sem pressa e com pisar leve pelas calçadas da Paulicéia, esta querida Paulicéia de Mario de Andrade, cujo nome está perpetuado em letras douradas na fachada da Biblioteca Municipal. Atrás do prédio os raios de sol que sobre as copas das árvores bailam ao solo lançam um mosaico de sombras e luzes. Na cafeteria me sento sorvendo o gosto forte e amargo de inusitada doçura de São Paulo. Eu contemplo a gente que passa, e ao passar outras imagens também passam ao meu olhar: retalhos de vidas, personagens que vestem e se transvestem, passam modas, passam sonhos e amores, num ir e vir incansável de cores, matizes, conotações e denotações de tempo e lugar de cada batida do coração desta cidade.
             Vejo a esperança de quando tudo ainda estava por construir e a beleza do desabrochar do progresso a atravessar o viaduto do Chá. Eu posso ouvir o tumulto do alvoroço dos poetas de 22 vindo do Teatro Municipal, e, não muito longe dali, os jovens das arcadas franciscanas que bradam discursos democráticos inflamados no largo do Patriarca. Então, eu vejo mamãe e vovó caminhando pela rua Barão, tão elegantes com suas luvas e chapéus, e, entre as duas, lá estou eu, tão pequenina, tão metida à gente e tão feliz na minha inocência, sem saber que deveria me despedir daquele tempo um dia.
               Depois eu vejo as cicatrizes que se abriram no asfalto e no cimento quando todos partiram do coração da velha cidade, deixando-a ao Deus dará para morrer, silenciosamente, sem alarde. Mas, Deus, em sua misericórdia se apiedou daquele coração generoso, que abrigara com o mesmo amor tanto seus filhos como aqueles que lhe chegaram e desconhecia, plantando um sonho em cada um e dizendo mais “Sim” do que “Não” para suas ambições. Assim, por milagre divino, começaram a chegar daqui e dali ao coração da cidade aqueles que iriam o reconstruir, ornar e restaurar o esplendor de dignidade que lhe fora espoliado. Chegam pintores, artistas, atores e cantores; chegam poetas, escritores e filósofos; chegam mestres, alunos e aprendizes assim como chegam malabaristas e palhaços. Pessoas chegam de todas as tribos e lugares numa diversidade alegre e colorida. Elas fazem o velho coração da cidade pulsar novamente com a mesma forte esperança dos dias da juventude, este em retribuição dá bom ânimo e inspiração àqueles que por ele clamam: VIVERÁ!
           O último raio de sol diz adeus e as luzes das ruas já estão acesas no coração da cidade, para mim é tempo de ir para casa, carregando o sabor da Paulicéia na minha boca e as imagens coloridas de um novo tempo em meus olhos. Um tempo em que o som dos sinos da Igreja da Consolação me acorda todos os dias dando esperança ao meu coração. Um tempo novo quando nas manhãs da Praça Roosevelt eu posso abraçar as diferenças e tentar fazer uma diferença também. Eu já tenho um sonho, o qual a coração da cidade me deu, e, talvez, este sonho venha a ser realidade. Tudo é possível se você vive no coração da cidade, até o impossível, isto se você realmente acredita em seu sonho! Uma coisa eu sei, onde quer que eu vá para sempre eu levarei o coração desta cidade no meu coração, porque aqui eu tenho tido minha segunda chance de ser feliz novamente.

                                 São Paulo, 02 de novembro de 2006.


  
     The city’s heart
                           Bia Botana

On these autumn’s days when the afternoons have a rosy shine, I walk without hurry and stepping lightly in the Paulicéia’s sidewalk, this dear Paulicéia of Mario de Andrade, whose name is perpetuated in golden letters in frontispiece of the Municipal Library. Behind the building, the dancing sunbeams pass through the yellow leaves of the high trees and  splash in the shadows the light points like a mosaic drawing on the ground. I go to coffee house and I sit in a  reserved place. I drink the strong and bitter flavour with an unaccustomed sweetness of São Paulo city. In the meantime, my eyes go from face to face of the  fast people on the move, while other images come to my mind: life’s patches of lost memories, visions blending and contrasting colours, which denote each beat of this city’s heart.
       I can see the hope when everything still to be built and the bloom of the progress crossing the Chá’s Viaduct. I can hear the poetic tumult of’ 1922 from the Municipal Theatre and, not very far way from there, the law undergraduates of the San Francis’s Arcades crying their inflamed democratic speeches on the Patriarca’s Square. Then, I see Mom and Grandma walking on the Barão’s Street, very elegant with their gloves and hats, and, between them, there I am: so little and thinking that I am a very important person; so happy in my innocence, not knowing which would have to say farewell to that time one day.
       After that I see the scars opened up in the asphand in  the concrete  when  the  people  left  behind   the  city’s heart for it to die away quietly and without a boast. Although, God had mercy and pity over that generous heart, which had sheltered acquaintances and strangers with the same love and which planted a dream in each one saying more “Yes” than “Not” to their ambitions. Thus, a divine miracle is happening, day after day, new people arrive to the city’s heart with the same wish: to rebuild and to restore the dignity and the unforgettable splendour to this special place of the city. Painters, artists, actors and singers arrive; poets, writers and philosophers arrive; masters, scholars and apprentices arrive, and, even, jugglers and clowns arrive. Persons from all “tribes” and parts are arriving in a cheerful and colourful diversity. They are making the old city’s heart to beat again as  the same strong hope as youth days, and the reward is given in high spirit inspiration to them, who say full of dreams to the city’s heart: “It will live!”
       The last sunbeam say good-bye and the streets lamps are already lit on the city’s heart, for me it is time to go home carrying the flavour of Paulicéia in my mouth and the colourful pictures of  a new time in my eyes. A time when the sound of the Consolação Church’s bells everyday wakes me up and gives hope to my heart. A new time when in the mornings of the Roosevelt Square I can embrace the differences and try to make a difference too. I  already have a dream, which the city’s heart gave to me, and, maybe, this dream will become truth. Everything is possible if you live in the city’s heart, even the impossible, if you indeed believe in your dream! One thing I know, wherever I go for ever I’ll take this city’s heart in my heart, because here I have had my second chance to be happy again.
                                                                                                                                               São Paulo, november 2, 2006.
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

EU AMO AS FLORESTAS! I LOVE FORESTS!

Floreta Negra / Black Forest
Nestes dias de primavera em que os céus são azuis, eu suspiro de saudades por um local distante: A "Floresta Negra" (www.hotelflorestanegra.com.br ). Um belo hotel onde eu passei as férias com Mamãe no último janeiro. Foi a minha primeira vez na liberdade da Natureza. Eu não acreditava que fosse possível ser tão feliz! Eu corria pelos campos, eu brincava com outros cachorros, a terna Mel e o Gigante, e até com um lindo cavalo branco, o qual tornou-se meu bom amigo, chamado "Tordilho" e  ele deixava eu dar lambidinha em seu fucinho e correr entre suas longas pernas, apenas porque eu era amigo de Mel e ela era a melhor amiga dele.

In this days of springtime when the skies are blue, I sighed of longing for faraway place: The  "Black Forest" ( www.hotelflorestanegra.com.br ).  A beautiful hotel when I spent a vacation together with Mammy last January. It was my very first time in Nature freedom. I did believe that it was possible to be so happy! I ran across the fields, I kidded with others dogs, the tender Honey and the Giant, and till with a pretty white horse, who became my good friend, named "Tordilho," and he let me to give little licks in his muzlle and to run between his long legs, only because I was Honey's friend and she was his bestfriend.

Bubu estava conosco também, mas ela não parava de falar sobre outra floresta, e ela dizia que esta era a maior floresta do mundo todo! Eu perguntei a ela onde era esta maior floresta do mundo, e se ela já tinha estado lá. Ela contou-me que ela foi lá com Mamãe há muito tempo, e o nome da floresta era Floresta Amazônica, ao norte do nosso país, o Brasil, e é muito muito longe de onde nós vivemos. Bubu disse que ela é uma "defensora da floresta," e ela sempre vai à floresta com seus poderes mágicos para dar notícias  do movimento mundial de conservação das florestas para o povo da floresta. Eu perguntei para ela: "– Mas, vive gente na grande floresta como vive em São Paulo?" E ela riu de mim, e ela disse que é um modo muito diferente de vida, e parecia muito pouco com a "Floresta Negra,"que era apenas uma amostrinha do que realmente uma floresta é.

Meus amigos Mel e Gigante/ My friends Honey & Giant


TORDILHO


Bubu was also together with us, but she did not stop to talk about other forest, and she said that this forest is the biggest forest of the world! I asked her where it was this biggest forest of the world, and if she had been there. She told me that she went there with Mammy a long time ago, and the name's forest is Amazon Forest, at north of our country Brazil and it's far far away of where we live. Bubu said she is a "defender of the forest," and she ever goes to the forest with her magic powers to report the news about the world forests conservation movement for the forest's people. I asked her: "– But, do people live in this big forest as they do in São Paulo?" And she laughed at me, and she said it'is too diferent way of life, and it seemed pretty little as "Black Florest, " who was one samall forest sample about what a really forest is.


Bubu "a Defensora da Floresta" /Bubu "The Defender of Forest" 

Então, quando nós voltamos para casa, eu estava muito curioso sobre a Floresta Amazônica e eu pedi para Mamãe contar mais sobre ela para mim. Ela mostrou-me muitas fotos da última vez que ela esteve lá e Bubu mostrou-me uma ilustração da última visita ao povo da floresta. Eu não acreditava em meus olhos! Como era diferente! Quanto animais extraordinários viviam na grande floresta! Como era verde, parecia um mar verde sem fim! Eu vi numa foto um doce gatinho nas mãos da Mamãe e era impossível acreditar que aquela coisinha um dia tornaria um gatão enorme! Uma onça!


Oncinha/Little Panther
Onçona/ Big Panther




















 

 Then, when we returned home I was very curious over the Amazon Forest and I asked to Mammy to tell me more about. She showed me many photos at last time she had been there and Bubu showed one picture of her last  magic visit to the forest's people. I did believe in my eyes! How different it was! How many amazing animals lived in this big forest! How green it was, it seemed a endless green sea! I saw in the photo a sweet kitten in the Mammy's hands and it was impossible to believe that little thing one day would became a pretty big cat! A panther!






Mamãe embarcando no avião da FAB / Mammy is goig on board in Brasilian Air Force's Airplane
Mas, a melhor parte foi quendo Mamãe contou-me a história sobre um menino chamado Poti e eu contarei para vocês a história dele como Mamãe contou para mim:

But, the best part was when Mammy tell me the history about a little boy named Poti and I will tell to you his story how Mammy told to me:


A resposta de Poti

Poti’s Answer 

Poti & seu Amigo Oficial /Poti & his Officer Friend
              "Poti é um jovem menino que pertence ao povo Ianomamy. Poti não é alto para a sua idade,  mas aparenta  mais forte do que os outros garotos comuns da sua idade. Seu cabelo é preto como a noite, sua pele é como um dourado por de sol, seus olhos parecem ser duas pedras de oxiz brilhantes em seu rosto e ao primeiro olhar nota-se que ele tem um inteligência brilhante.                 

                "Poti is a young boy who belongs to the Ianomamy people. Poti isn’t tall for his age, but looks stronger than other common boys of the same age. His hair is black as the night, his skin is like the golden sunset, the eyes in his face seem to be two brilliant onyx stones and at first sight everyone notices that he has vivid intelligence.

            


        Poti vive numa remota terra das mais longínquas, onde a civilização não tocou mais que o necessário, e por essa razão, o lugar ainda permanece um Paraíso perdido no nosso louco mundo.  A montanha do Surucucu é uma ilha no meio do mar verde da Floreta Amazônica, no seu topo está um Pelotão de Fronteira do Exército Brasileiro, tem uma vila onde vivem os soldados, próximo a vila tem uma pista de pouso, e do outro lado da pista  é o lugar da casa de Poti. A casa  é grande o suficiente para sua família, seus parentes, e algumas outras famílias Ianimamy têm vivído com eles desde que Poti teve seu primeiro pensamento. 






Pista de Pouso Surucucu/Surucucu's runway












Poti lives in a remote furthest land, where civilization hasn’t touched more than necessary, and for this reason, the place still a lost Paradise in our mad world. The Surucucu Mountain is an island in the middle of a green sea of the Amazon Forest, in its top has a Brazilian Frontier Base, there is a village where live the soldiers, near the village have the aircraft’s runway, and the other side of  the runway it is the place of Poti’s home. The house is large enough and his family, his relatives, and some other Ianomamy families have lived together with them since Poti had his first thought.




Apoio daFAB/Brasilian Air Force's Support 
Não há portas, nem janelas, nem salas e quartos e nem qualquer privacidade no lar de Poti. Tem apenas um enorme salão abaixo de um fantástico teto alto feito de folhas de palmeiras, e no meio dele, um buraco permite a luz do sol entrar para dentro, e a fumaça da fogueira sobe e sai pelo  buraco levando junto o cheiro da comida, a qual está quase sempre cozinhando. O buraco tem apenas um problema: quando chove a água caí dentro do salão e molha o solo, apesar disso ninguém se importa com a lama.

 There are no doors, nor windows, nor rooms and neither any privacy at Poti’s home. There is only a big hall below a fantastic high roof made of dry palm leaves, and in the middle of it, a hole allows the sun light to came inside, and the smoke from bonfire comes up and goes out through the hole bringing together the smell of the meal, which is often cooking. The hole has only one little problem: when have rain the water goes down to the hall and wets all the soil, although no one matters about the mire.


O lar de Poti/Poti's Home
               A despeito da dura tradição e regras severas Ianomamy, Poti tornou-se um índiozinho moderno. Ele aprendeu português muito facilmente, porque desde que ela era uma crianinha, Poti costumas falar bastante com os oficiais e soldados brasileiros, apesar deles não falarem nenhuma palavra da língua Ianomamy. É proibido para um Ianamamy ensinar sua linguagem para alguém que não seja um Ianomamy. Essa proibição tradicional é uma dos muitos segredos estartégicos que o povo Ianomamy usa para conservar seu poder, eles entemdem muito bem o que os brasileiros estão falando entre eles, enquanto os brasileiros não podem entender o que os Ianomamys estão falando sobre eles. Assim, desta maneira Poti aprendeu portugu6es muito bem e comprovou sua genialidade.  

            Despite the tough tradition and strict rules Ianomamy, Poti became a modern little indian. He learned Portuguese very easily, because since he was a child, Poti used to talk a lot to Brazilian officers and soldiers, even though they didn’t speak any Ianomamy language’s word. It’s forbidden for an Ianomamy to teach his language to someone who is not a Ianomamy. This tradicional ban is one of many secret strategies which the Ianomamy people use to maintain their power; they understand very well what the Brazilian guys are speaking between them, while the Brazilian cannot understand what the Ianomamy are talking about them. So that Poti learned Portuguese very well and this proves his genius.


                  Dia após dia, Poti dá mais e mais atenção ao sua ambição secreta: tornar-se um oficial mitar brasileiro. Ele sempre pensou sobre as diferenças das maneiras de vida do povo Ianomamy e do povo brasileiro. Ele tem sofrido críticas constantes de ambas as partes à sua ambição, mas ele permanece acreditando que será possível para ele ser uma Ianomamy e também um oficial brasileiro. Ele tem um bom argumento quando alguém diz um "Não" para sua esperança. Ela apenas tem uma pergunta pronta em sua boca: "– Se todo garoto pode ter um sonho para fazer alguma coisa quando crescer, por que eu não posso?" Até agora, ninguém tem dado uma boa resposta capaz de fazer Poti desistir de seu sonho.  

            Day by day, Poti gives more and more attention to his secret ambition: to become a Brazilian military officer. He always thought about the differences between the way of life of the Ianomamy people and the Brazilian people. He had suffered from both sides continuous criticism to his ambition, but he stills believing that it will be possible for him to be an Ianomamy and also a Brazilian officer. He has a good argument when somebody say one “No” to his hope. He just has a question ready in his mouth: “ – If every boy can have a dream to do something when he gets older, why can not I?” Until now, nobody has given him a good answer capable to make Poti to give up of his dream.


               Ninguém sabe o que Poti always does: ele tem estado ouvindo bastante radio toda hora que ele pode, também ele está fazendo um esforço para ler cada jornal que cai em suas mãos, de modo que ele sabe bem que há uma outra realidade além de sua floresta, a qual ele quer ver e onde também ele gostaria de conquistar o seu lugar. Poti sonha com um Novo mundo como muita gente sonhou antes dele. Esta é a verdade: alguém precisa ser um sonhador primeiro, para ser um conquistador mais tarde, e todo conquistadors foi um dia um sonhador. Assim, sem dúvida, Poti será um conquistador um dia. Com certeza, ele será!"   

            Nobody knows what Poty always does: he has been hearing radio every time he can,  as well as he is making an effort to read every newspaper which has fallen in his hands, so that he now knows well that there is another reality beyond his forest, which he wants to see and where also he would like to conquer his place. Poti dreams about a New World as many people dreamed before him. That is the truth: one must be a dreamer first, to be a conqueror later, and every conqueror was one day a dreamer. Thus, without doubt, Poti will be a conqueror one day. Of course, he will be! "


Pelotão Indígena Brasileiro/Brazilian Indigenous Platoon
Eu perguntei para Mamãe se ele sabia se Poti tornou-se um oficial militar, ela disse que ela não sabia, porque tem uma lei brasileira que proibe os Ianomamy de tornarem-se um soldado como os outros provos indigenas podem, mas no caso de Poti qualquer coisa é possível,  ela disse, porque ele é um sonhador e ele poderia ter alcançado seu sonho. Mamãe falou: "– A esse tempo, Potí é já um homem com seu irmãozão e eu espero que ele tenha realizado seu desejo e ele seja agora um soldado orgulhoso com seu irmãozão é como um advogado. Toda pessoa no mundo merece a chance de realizr seus sonhos de exist6encia, esppecialmente se eles dão o melhor de si para trazer suas esperanças para a realidade.

I asked Mammy if she knew whether Poti became a military officer, she said that she didn't know because it have a brazilian law that bans the Ianomamy persons to become a soldier as other indian's people can, but in the case of Poti everything is possible, she said, because he is a dreamer and he could  to have reached his dream. Mammy spoke: "– At this time Poti is already a man like your big brother and I hope he had realized his desire and he is now a proud soldier as your big brother is as a lawyer. Every people in the world deserve the chance to realize their dreams of lifetime, especially if they do their best to bring their hope to reality. 

Essa bela história levou me a pensar sobr o que eu serei quando eu crescer, e eu sei do fundo do meu coraçãozinho que eu quero ser um REPÓRTER!!! Yes, eu gosto demais de conversar com as pessoas e elas gostam de contar-me sobre suas vidas, logo eu acredito que eu serei o grande, o melhor repórter do CORAÇÃO DA CIDADE!!!!! Sim! Eu serei! 

This beautiful history let me think about what I will be when I will grow up, and I know in deep of my little heart that I want to be a REPORTER!!! Yes, I like too much talk with persons and they like to tell me about their lives, then I believe I will be the great, the best reporter at THE HEART OF THE CITY!!!!! Yes! I will be!




NOTÍCIAS DOS POVOS DA FLORESTA!
News Forest's People


17 Nov 2011



Terra Brasil - há 1 hora
Se os indicadores sociais da Amazônia estão aquém da média nacional dos países que compartilham a floresta, as populações indígenas são ainda mais vulneráveis. O relatório "A Amazônia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" avaliou indicadores de ...

Se os indicadores sociais da Amazônia estão aquém da média nacional dos países que compartilham a floresta, as populações indígenas são ainda mais vulneráveis. O relatório "A Amazônia e os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" avaliou indicadores de nove países - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa - e identificou resultados piores para os indígenas.
O levantamento mostra que nos nove países há 1,6 milhão de indígenas, de 375 povos. Nem todos vivem em territórios reconhecidos, o que, segundo os pesquisadores, tem impacto direto na subsistência e na qualidade de vida das comunidades. "A erradicação da pobreza e da fome está intimamente associada à garantia do usufruto de seus territórios tradicionais. A consolidação territorial é que permite que as populações indígenas possam produzir seus alimentos por meio da pesca, caça, agricultura etc", conclui o trabalho.
Os piores resultados estão relacionados à saúde. A ausência de serviços básicos e as distâncias geográficas na região acabam excluindo as populações indígenas do atendimento de saúde. A alta incidência de malária, tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis entre essas populações confirma a desigualdade. A taxa de incidência de tuberculose entre os indígenas do Brasil, por exemplo, é 101 para cada 100 mil pessoas. A média nacional é 37,9 casos para cada 100 mil. Na Venezuela, há tribos que registram 450 casos de tuberculose para cada 100 mil pessoas.
"A entrada do HIV (o vírus da aids) em comunidades indígenas representa risco imensurável para essas populações, já que em muitas delas a poligamia é parte da cultura e o acesso a informação e métodos de prevenção é escasso", acrescenta o texto.
A mortalidade infantil também é um indicador crítico entre os indígenas. No Brasil, segundo o levantamento, a mortalidade de crianças indígenas em 2007 foi de 50 para cada 1 mil nascidos vivos, duas vezes maior que a média nacional. Na Venezuela, as taxas de mortalidade infantil entre os indígenas chega a ser dez vezes maior que a média nacional. Entre as principais causas de morte de crianças indígenas estão a desnutrição, a pneumonia e a desidratação, segundo a pesquisa.
O estudo também destaca o baixo número de escolas indígenas, apesar da existência de leis nacionais que garantem educação escolar indígena diferenciada e adequada à realidade das comunidades.
Em relação aos indicadores ambientais, que estão incluídos entre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o relatório também aponta ameaças às comunidades indígenas. Apesar de estarem entre as áreas mais preservadas da Amazônia em todos os países analisados, as terras indígenas estão sob pressão por causa da exploração dos recursos naturais, principalmente do desmatamento e da mineração. No Brasil, segundo dados do Instituto Socioambiental (ISA) citados no estudo, pelo menos 99 terras indígenas estão sob ameaça permanente.

Jornal do Brasil - há 2 horas
Com 34 milhões de habitantes em nove países, a Amazônia tem indicadores sociais ainda distantes dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A avaliação considera indicadores de nove países que compartilham a floresta: o Brasil, a Bolívia, ...

Hoje às 06h46 - Atualizada hoje às 06h47
Amazônia está longe de cumprir Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Luana Lourenço
AGENCIA BRASIL

Com 34 milhões de habitantes em nove países, a Amazônia tem indicadores sociais ainda distantes dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM). A avaliação considera indicadores de nove países que compartilham a floresta: o Brasil, a Bolívia, Colômbia, o Equador, Peru, a Venezuela, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa e está no relatório A Amazônia e os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.
A pesquisa foi organizada pela Articulação Regional Amazônica (ARA) e divulgada durante o encontro Cenários e Perspectivas da Pan-Amazônia, organizado pelo Fórum Amazônia Sustentável.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio propõem metas para melhorar indicadores de pobreza, educação, saúde, desigualdade de gênero, mortalidade infantil e materna e de meio ambiente. Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, os ODM têm metas a serem cumpridas até 2015.
Desde a década de 1990, a Amazônia registrou melhoria na maioria dos indicadores, mas os avanços não foram significativos e ainda deixam os índices regionais abaixo das médias nacionais. Dos oito objetivos estabelecidos até 2015, apenas um já foi alcançado na parte amazônica de todos países analisados no estudo: a eliminação da desigualdade de escolaridade entre homens e mulheres.
“Faltam poucos anos para o prazo estabelecido pela ONU para o cumprimento das Metas do Milênio e ainda há muito trabalho para que sejam cumpridas na Amazônia. Há muita diferença de resultados entre os países que compõem a Amazônia, assim como variações internas”, diz o relatório.
Com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 330 bilhões, a região abriga desigualdades e desafios que dificultam a superação da pobreza, uma das principais metas da ONU. De acordo com o estudo, cerca da metade da população que vive na região amazônica desses países encontra-se abaixo da linha de pobreza, com situação crítica no Equador e na Bolívia.
“A Amazônia é sempre a parte mais pobre de cada país porque é uma região que tem padrão de desenvolvimento baseado ainda na extração de recursos naturais, com grande impacto ambiental associado. E os modelos de agregação de valor em uma economia mais intensiva são ainda incipientes. Se desmata e continua pobre, a solução não é desmatar para gerar riqueza”, avaliou o coordenador nacional da pesquisa, Adalberto Veríssimo, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
O Brasil é citado como o único país da região que já cumpriu a meta de reduzir pela metade a proporção da população que sofre de fome. O país tem, por exemplo, taxa de desnutrição infantil de 4%, bem abaixo da média dos países latino-americanos (10%). O Peru e a Bolívia ainda registram taxas altas, com mais de 20% de crianças desnutridas.
A falta de saneamento e baixas taxas de emprego formal também estão entre os obstáculos para a redução da pobreza na Pan-Amazônia, segundo o trabalho.  Os índices de desemprego na região são baixos, mas a informalidade é alta. De acordo com o levantamento, mais da metade da população amazônica economicamente ativa trabalham no mercado informal, sem benefícios e direitos sociais.
“Também persistem problemas sérios como o trabalho infantil e o trabalho forçado”, aponta o relatório. Só no Brasil, mais de 15 mil pessoas foram resgatadas de trabalho análogo à escravidão entre 2003 e 2009 em regiões rurais da Amazônia,  segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) citados no documento.
As taxas de mortalidade materna e infantil – que permanecem altas em alguns países –, a grande ocorrência de doenças como a malária e a tuberculose e o aumento da propagação da aids também rebaixam os indicadores da Pan-Amazônia e distanciam a região do cumprimento dos ODM relacionados à saúde. De acordo com o levantamento da ARA, a mortalidade infantil caiu em todos os países amazônicos, mas não o suficiente para ser reduzida em dois terços até 2015, como previsto nas metas do milênio, com exceção da Venezuela.
Em relação aos indicadores de educação, todos os países avaliados conseguiram aumentar a taxa de matrícula na educação básica, que alcança 90% das crianças em idade escolar.  No entanto, mais de dois terços das crianças que ingressam na escola estão fora da idade adequada. Na Amazônia brasileira, por exemplo, 26% dos estudantes da educação básica em 2008 tinham idade superior à recomendada para a série, segundo dados apresentados na pesquisa.
Além da distorção idade-série, a evasão escolar também compromete melhores resultados nos indicadores educacionais da região. “Ainda que o crescimento da taxa de matrícula seja um avanço importante, os países precisam aumentar esforços e investimentos para que os estudantes completem o ciclo escolar”, destaca o documento.
Os indicadores ambientais na região mostram avanços na criação de unidades de conservação e no reconhecimento de terras indígenas. No entanto, o desmatamento ainda ameaça a floresta e a biodiversidade. O Brasil é apontado como responsável por 72% do desmate anual da Amazônia, seguido pela Venezuela (12,5%) e pelo Peru (4,7%). Os autores reconhecem, no entanto, que a participação brasileira pode estar superestimada pela falta de dados de outros países. “Nem todos os países amazônicos têm um sistema de monitoramento anual do desmatamento”, diz o texto. Até o fim de 2011, a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) deve divulgar mapas mais atualizados da floresta, com indicadores de desmatamento, exploração de gás e óleo e outras pressões.